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"Phaseolus"

2020

O trabalho sustenta-se na ideia de “crescer dentro de si mesmo”, este conceito surge na sequência da experiência que todos estamos a viver, a quarentena devido ao Covid19, que de forma direta ou indireta nos está a pressionar para o autodesenvolvimento. Temos que continuar os nossos trabalhos, estudos e outras aspirações pessoais de uma forma nunca experienciada pela nossa geração, não deixamos de evoluir, mas temos um grande leque de estímulos inibidos ou reduzidos, entre eles as interações pessoais, a observação direta e acessibilidades dos mais diferentes modos. Face a este paradigma estamos sujeitos a progredir de uma forma mais solitária, optámos por táticas mais introspetivas e autodidatas para continuar o nosso caminho aprimorando a nossa capacidade de autodesenvolvimento, contando com nós próprios, com a nossa própria mente, nesta oportunidade, que não deixa de ser forçada. Aqui se baseia a premissa do “crescimento em nós mesmos”, hoje, mais do que nunca somos o nosso próprio veículo desse mesmo crescimento.

Na peça projetada podemos observar um feijão, o qual surge como uma espécie de alegoria deste sentimento, também ele é uma casa, e mais, um veículo para a vida. Aqui, este feijão, também se pode desenvolver fora da terra, as suas raízes que crescem anormalmente em sua volta, contrariando o processo normal de uma planta que habitualmente liberta a raiz diretamente para o solo, esta peça, surge então não só como um objeto decorativo, mas como um meio para esta mensagem.

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